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Produtores de soja já perderam 50% devido ao excesso de chuva

A maioria das pessoas não devem ter a menos ideia do que é se plantar, cuidar, e na hora de colher o fruto de muito trabalho não conseguir colher, alguns produtores a 15 dias não conseguem colher um pé de soja ao menos.


A soja de Mato Grosso foi assolada por uma colheita chuvosa que tem ocasionado perdas de 10% a 50%, seja por não colher, seja por umidade, grãos ardidos e perda de peso. Alguns produtores já abandonaram a colheita por considerar perda total de talhões inteiros e estão semeando o milho sobre a lavoura de soja.


Para agravar o quadro, a soja mais tardia pegou um janeiro onde todos os dias foram nublados e na fase de enchimento de grãos a falta de luminosidade e chuvas em excesso, causam perdas de nutrientes e menor realização de fotossíntese, o que resulta na precária formação de grãos e consequente quebra de produtividade.


Na safra 2015/2016 tivemos uma safra muito complicada pelo motivo contrário que foi falta de chuvas, o que levou muitos produtores a um endividamento que fez com que o governo autorizasse a prorrogação de custeio de milho, esta safra que parecia ser a que iria dar folego aos produtores contribuindo para sua recuperação, vêm deixando os produtores totalmente tontos em virtude do cenário de fevereiro chuvoso em demasiado.


Outro fator que tem se agravado é o plantio de milho de segunda safra, onde a chuva torrencial e continuada tem atrapalhado a semeadura, mesmo produtores que já colheram 60% de sua lavoura não conseguiram ainda plantar mais de 30%, produtores estes que na safra anterior já teriam semeado 50%, produtores estimam que irão entrar plantando Março adentro em virtude do atraso no plantio, e com isto torcem para que a chuva não corte mais cedo já que março é um mês onde o plantio entra em uma faixa de risco.


Em anos chuvosos como este, outro fator se agrava que é a classificação. Afinal, como se diz no popular, em anos chuvosos a faca corta fundo. E com isto vemos uma grande insatisfação e impotência por parte dos produtores. A classificação é terceirizada e deixa dúvidas quanto a sua eficiência, mas que a classificação de grãos no Brasil precisa de ajustes, precisa. Os produtores contam com que a Aprosoja institua um comitê arbitral para que controvérsias sejam solucionadas, enquanto isto os produtores pagam o pato.


Resta torcer para que as chuvas deem trégua e os produtores consigam normalizar a colheita, e o prejuízo não seja maior do que o já causado.

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