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Produtores rurais são indenizados em R$ 190 milhões por perdas na safra

O excesso de oferta, no caso do milho, que contribuiu para o recuo de preços, e as adversidades climáticas – como seca prolongada e chuva excessiva – que atingiram as principais regiões produtoras de soja no país e afetaram a produtividade das lavouras contribuíram para que 2.000 produtores rurais fossem prejudicados.


Àqueles que contrataram seguro para essas duas culturas na modalidade faturamento – cobre prejuízos advindos de variações no preço combinados com perdas ou não de produção – serão pagos mais de R$ 190 milhões em indenizações pelo Grupo Segurador Branco do Brasil e Mapfre. De acordo com a seguradora, mais de 2.000 avisos de sinistro foram recebidos nos últimos meses.


Safra de verão


Na safra de verão 2016/2017, as maiores perdas foram registradas nas lavouras de soja, cerca de R$ 156 milhões em indenizações, afetadas pela combinação de perdas de produção com o preço de referência no mercado para a cultura, divulgado pela ESALQ/BM&F. No caso do milho, chamam a atenção as perdas decorrentes exclusivamente por preço, cerca de R$ 16 milhões em indenizações. Mesmo sem quebra na produção do grão, a expressiva variação do preço trouxe faturamento abaixo do valor garantido pelo seguro, razão pela qual quase 800 produtores rurais serão indenizados, em todo o país.


“A possibilidade de proteção contra prejuízos decorrentes de variações de preços nas principais commodities agrícolas tem levado os produtores a optar pela contratação do seguro de faturamento, que cobre a receita ou o faturamento esperado pelo produtor. Com ou sem perdas climáticas, no que concerne à variação do preço, a seguradora indeniza a diferença entre o faturamento obtido e o garantido na apólice, considerando a área de cobertura”, explica Wady Cury, diretor geral de Habitacional e Rural do Grupo Segurador Branco do Brasil e Mapfre.


Indenizações por região


A região Centro-Oeste, que historicamente é menos atingida por adversidades climáticas, é quem mais contrata esse tipo de apólice. Em Goiás, foi pago o maior volume em indenizações este ano no produto faturamento: mais de R$ 40 milhões a produtores de soja e R$ 6,4 milhões aos de milho, por variação nos preços.

Considerando as duas culturas, que até o momento na safra 2016/2017 estão sendo indenizadas, Goiás e Mato Grosso são os estados com o maior volume, representando 55% dos sinistros pagos. Ambos lideram a compra dessa modalidade, seguidos pelo Paraná, estado para o qual o Grupo está pagando R$ 12 milhões em indenizações – 25% desse montante, apenas por variação no preço dos grãos.


“Esses números mostram que os produtores têm percebido a importância do seguro como um instrumento eficaz na gestão dos negócios no campo, à medida que garante proteção à sua atividade, independente das intempéries que possam ocorrer durante a safra.”, afirma Cury. Esse tipo de apólice já representa 35% do total das contratações de seguro agrícola no Brasil.

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