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Clima afeta safra de cana no Paraná

Diferente das safras anteriores, o Paraná, quinto maior produtor de cana-de-açúcar do País, iniciou a safra 2017/18 mais tarde este ano, entre março e abril. O grande volume de chuvas e a quebra de produção em 2016 foram os responsáveis pelo atraso. “Se compararmos com o mesmo período do ano passado, estamos com 30% de atraso”, afirma Miguel Rubens Tranin, presidente da ALCOPAR, a Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná.


Devido à ocorrência de geadas no inverno e ao baixo volume de chuvas no verão – padrão climático fundamental para o crescimento da cana-de-açúcar – houve uma quebra significativa na produtividade. “No ano passado, durante a safra, foram observados pontualmente os maiores índices pluviométricos dos últimos trinta anos”, destaca Tranin.


A produtividade das lavouras também tem sido afetada pela mecanização da colheita, que devido ao pisoteio excessivo, prejudicou a rebrota e a longevidade da lavoura. “A baixa renovação, em torno de 10%, também tem acelerado o envelhecimento dos canaviais paranaenses”, salienta o presidente.


O setor sucroenergético tem mostrando grande mobilidade na diversidade de produtos. Atualmente a cana atua em várias frentes como bioeletricidade, biomassa e etanol de segunda geração, por exemplo. “A planta da cana tem que ser aproveitada na sua totalidade, porém devemos evoluir nessas alternativas com tecnologia e resultados consolidados”, conclui Tranin.

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