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Seguro Rural prospera em meio à pandemia

Mais um nicho do mercado de seguros é visto carinhosamente pelos corretores de seguros. O agronegócio, importante pilar de sustentação da economia brasileira, ganha notoriedade dentro do segmento segurador. O avanço da covid-19 no país diminuiu o poder de compra dos trabalhadores rurais, que precisaram manter seus equipamentos funcionando para cultivar e extrair alimentos.



“A proteção aos equipamentos agrícolas suporta muito o produtor em caso de imprevistos em uma máquina no momento da colheita, por exemplo. Por se tratar, normalmente, de um item caro, porém determinante na rapidez a na realização da colheita, o seguro é fundamental para repor ou, eventualmente, permitir que o segurado tenha recursos para arrendar algum outro para finalizar aquele trabalho. Não ter um seguro, em um caso como esse, pode significar um prejuízo.”, destaca a diretora executiva de Negócios Corporativos e Saúde da Allianz Seguros, Karine Barros.


Dada a importância desse setor para o desenvolvimento econômico, o governo brasileiro se esforça em subsidiar as produções agrícolas. Conforme a Resolução nº 74, o orçamento aprovado no Programa de Subvenção Rural (PSR) de 2020 é de R$ 955 mi.


Mesmo com a já prevista retração no mercado, os prêmios do Seguro Rural cresceram 25,2% no primeiro semestre deste ano. Joaquim Neto, presidente da Comissão de Seguro Rural da FenSeg, explica que o aumento da subvenção do governo federal foi um dos responsáveis em manter o setor funcionando normalmente durante a pandemia.


De acordo com o especialista, o evento climático no Rio Grande do Sul e o aumento do valor das commodities também fizeram a diferença na demanda do seguro. “Ao observar as perdas dos produtores gaúchos, os agricultores de outras regiões tiveram maior interesse no seguro. Além disso, o aumento do valor das commodities, como soja e milho, despertaram o interesse dos produtores em fazer seguro das suas plantações”, analisa.


O PSR também incentiva o desenvolvimento do mercado segurador no país. O programa atrai novas empresas, o que aumenta a concorrência e ampliando o quadro de produtos. No início, em 2005, quatro seguradoras atuavam no país. Já no ano passado, 14 companhias estão habilitadas a operar nesse segmento.




Apetite dos corretores


Karine conta que o seguro rural é um nicho importante, mas com pouca penetração. Os corretores de seguros, por sua vez, se interessam pelo segmento cada vez mais. A Allianz, segundo a executiva, organiza treinamentos semanalmente com os parceiros a fim de trabalhar seus conhecimentos sobre a proteção. “A seguradora promove treinamentos com os corretores em cada regional, com a participação média de 40 profissionais”.


A companhia se destacou nesse segmento em 2019, quando cresceu 18%, enquanto a média do mercado foi de 15%. “Nossa estratégia é de vender sempre pacotes completos de cobertura. O corretor precisa se sentir confortável em comercializar o seguro agro da Allianz e o cliente com total respaldo. Por isso, buscamos oferecer produtos bastante compreensivos”, pondera Karine.


A executiva relata, também, que a seguradora enxerga um segmento de grande relevância e cheio de oportunidades. “O produtor deve entender que o seguro é um investimento, junto com todos os outros que ele faz”.



Reflexos da pandemia


Por causa do seguro rural, não é possível dizer que o mercado segurador foi afetado integralmente pela pandemia. Joaquim Neto esclarece que a produção agrícola está numa crescente, com saldo na balança comercial devido a suas exportações. “O agricultor tem conseguido atender todo esse mercado, exceto para culturas de frutas, hortaliças e flores, que houve retração. Nesses casos, porém, os produtores têm pouco costume de contratar essa proteção”. Com o primeiro semestre animador, o especialista projeta um contínuo crescimento até o fim do ano, levando em consideração que o agricultor tem se empenhado a trabalhar com tecnologia, além de desenvolver sua produção. “A continuidade do crescimento só será possível com muito trabalho. A FenSeg tem uma comissão técnica composta por 14 seguradoras que atuam no mercado de seguro rural. Todas as companhias têm participado ativamente de grupos de trabalho a fim de dar continuidade a esse crescimento”, finaliza Neto.


Para mais informações acesse: https://www.segs.com.br

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