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Especialistas acreditam em maior interesse do produtor em plantar milho

Problemas climáticos geraram preços elevados e menor disponibilidade

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apresentou as perspectivas para o próximo ciclo de produção agrícola no Brasil. As estimativas são referentes para as culturas de arroz, feijão, soja, milho e algodão, que, juntas, representam 94% do total de grãos estimados pela Companhia. A publicação “Perspectivas para a Agropecuária” traça informações detalhadas sobre área, produtividade, produção, exportações, importações, estoques, custos, preços e rentabilidade.


O mercado do milho na safra 2020/21 apresentou graves problemas climáticos que reduziram a produtividade das lavouras. Nesse cenário os preços médios no Brasil apresentaram uma alta superior a 100% em um intervalo de doze meses. Assim, a menor disponibilidade do cereal obrigou consumidores a buscarem maior volume de milho em países vizinhos como Argentina e Paraguai. Com preços elevados e menor disponibilidade de milho a Conab acredita que ocorrerá um aumento do interesse em plantar o cereal na safra 2021/22. Entretanto o aumento de área plantada deverá ser mais significativo na segunda safra, pois a safra de verão ainda concorre fortemente com o incremento da produção de soja.


Especialistas da companhia acreditam na elevação da produtividade como fator de aumento de produção, enquanto que para a segunda safra espera-se aumento de produção pela combinação de aumento de aumento de área com aumento de produtividade. Para o próximo ciclo são esperadas 115,9 milhões de toneladas do grão, alta de 33,8%, em uma área de 20,6 milhões de hectares, avanço de 3%. A produtividade média deve ser de 5,63 toneladas por hectare.


Em relação ao consumo, para o etanol as usinas localizadas no cerrado brasileiro projetam aumento de demanda em 2022 tanto por etanol como por grãos secos de destilaria (DDG - Dried Distillers Grains na sigla em inglês) , concentrado protéico subproduto da produção utilizada na fabricação de ração animal. E no consumo da produção animal é esperada demanda de 73 milhões de toneladas, avanço de 3,9%, explicada pelo fato de que o Brasil deverá permanecer como um dos maiores fornecedores de carne de frango e suína para países asiáticos e do Oriente Médio. No que tange às exportações os embarques de milho devem somar 39 milhões de toneladas, uma alta significativa de 66% em relação a safra 2020/21.


Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a produção mundial de milho deverá aumentar 5,84% na safra 2021/22. Entretanto, os estoques finais deverão subir apenas 1,7%, em decorrência do aumento constante do consumo agregado de milho, este estimado em aumento de 2% para a próxima temporada. Ainda segundo o órgão a área mundial plantada de milho deverá alcançar o patamar de 199 bilhões de hectares, diante da ampliação da produção no Brasil, EUA, China e Rússia. O aumento é justificado pela maior procura mundial pelo cereal, fato que aliado aos preços mundiais elevados deverá estimular o plantio.




Para mais informações acesse: https://www.agrolink.com.br/







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