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Chuva e granizo causou estragos em plantações de trigo, arroz e frutas no Sul do país

A chuva em excesso, com ventos fortes e granizo, afetou muitas lavouras do Sul do país. As condições climáticas provocaram estragos em propriedades com cultivo de trigo, arroz e frutas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Fonte: Globo Rural

A lavoura de arroz do agricultor Gilberto Rabuski parece um rio. Apenas dois dos 32 hectares plantados em Rio Pardo, na região central do Rio Grande do Sul, ficaram fora da enchente. “Eu não sei até que ponto vai ser esse estrago. Mas, eu acho que vai ser quase 100%”, avalia.


Este ano, o plantio de arroz no Rio Grande do Sul, está em processo mais rápido do que ano passado. Cerca de 60% da área já foi semeada. Mas, na região central do estado, menos de 25% das lavouras receberam o grão.


Segundo o Instituto Rio-grandense do arroz, o produtor preparou o solo mais tarde e esperou a chuva para começar o plantio. Mas, ninguém esperava o excesso de água que viria logo depois.


“Com toda essa água em cima das lavouras, até o produtor ter piso pra realizar a semeadura, isso vai atrasar bastante. Nosso período adequado para semear com mais produtividade é agora, até o dia 10 ou 15 de novembro”, disse Ricardo Tatsch, chefe do IRGA em Rio Pardo.


O excesso de chuva preocupa também agricultores que fazem a colheita do trigo no estado.


Na primeira semana de outubro um temporal de granizo deixou o trigo caído nas lavouras. Depois do gelo, foram cerca de 20 dias de chuva. Em apenas uma semana, choveu mais do que era esperado para todo o mês. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, o volume ficou acima de 200 milímetros em diversas cidades gaúchas.


"Existe realmente uma interferência do excesso de chuva que provoca uma redução na qualidade, principalmente na qualidade do grão, e, até certo na produtividade”, explicou Fernando Berwanger, agrônomo da EMATER.


As lavouras também sofreram com a chuva e o granizo em Santa Catarina. Muitos produtores foram prejudicados depois do vendaval que passou por algumas cidades do sul do estado.


O município mais atingido foi o de Tubarão, onde mais de cerca de 400 hectares de reflorestamento de eucaliptos foram destruídos. O agricultor João Antunes Teixeira teve um prejuízo de R$ 600 mil.


Foram destruídos 200 galpões. Máquinas, sementes e adubos também foram danificados. Pelo levantamento da Empresa de Pesquisa e Extensão Rural de Santa Catarina - Epagri, os prejuízos na zona rural de Tubarão chegam a quase R$ 11 milhões.


Em Bom Jardim da Serra, na região serrana do estado, os estragos foram provocados por uma forte chuva de granizo. As plantações de maçã e ameixa foram as mais prejudicadas. Cerca de 30% dos pomares da região foram afetados.


Na região meio oeste do estado, o granizo e o vento também provocaram estragos e prejuízos. Em Fraiburgo, as perdas no campo passam de R$ 17 milhões. Desse total, R$ 10 milhões foram só na produção de frutas.


O sistema antigranizo, mantido pelas indústrias, ajudou a proteger a maior parte da plantação de maçã. Os pomares de pêssego, nectarina e ameixa foram os mais afetados.



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