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Governo admite fragilidade no seguro rural

Nos últimos 20 anos de política agrícola, a análise sobre o Seguro Rural mostra que o programa não evoluiu como o esperado. O programa de subvenção ao prêmio do seguro rural teve seu ápice em 2014, quando ofertou quase R$ 700 milhões, mas logo no ano seguinte o valor não passou de R$ 300 milhões.


Agora, produtores e governo buscam alternativas para melhorar a proteção na lavoura. Uma das medidas em estudo é um modelo novo e eficaz de seguro. “Seguro é dinheiro, precisa ter recurso, orçamento. Muitas vezes se fala que nos EUA 80% da agricultura é segurada, mas lá tem 15 bilhões para fazer seguro agrícola, o Brasil não tem isso agora”, afirma Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.


Para o presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa, o seguro é caro e não atende as mazelas de todo o setor. “Em algumas regiões, a cobertura é muito ruim. Não chega a cobrir os custos de produção, ou seja, um modelo que não resolve”, comenta.


A mesma crítica é feita pelo ex-secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Benedito Rosa. Para ele, o modelo atual cobre apenas 10% das lavouras do Brasil. “O seguro no Brasil poderia, com instrumentos novos, alcançar pelo menos metade das lavouras do Brasil com algo como abaixo de R$ 1 bilhão. O que ainda é inviável se não houver uma criação de mecanismos mais ágeis, operativos, transparentes e que baixem custos tanto para as companhias seguradoras, quanto para o governo e, claro, com o produtor podendo pagar um prêmio menor e o governo subsidiando menos”, analisa.




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