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Onda de calor traz danos às lavouras. ENTENDA

Uma intensa onda de calor está influenciando o tempo sobre o Rio Grande do Sul desde este último final de semana. As previsões indicam que o forte calor deve seguir na região no decorrer dos próximos dias.


Mas ainda assim é possível dizer que o pior cenário já passou. Em que além do forte calor, o tempo foi predominantemente seco na região. A condição trouxe uma piora nas condições hídricas das principais lavouras no Rio Grande do Sul.


Para os próximos dias, o calor segue, porém com a possibilidade de algumas pancadas passageiras no período da tarde. As chuvas acontecem, mas de forma muito isolada e pontual, apresentando uma grande irregularidade nos volumes previstos.


Ainda de acordo com a Conab, as lavouras de arroz estão avançando em estádios fenológicos desde a Floração até a Maturação. O feijão varia com regiões em Desenvolvimento Vegetativo até as operações de colheita. O feijão Safrinha está nos estádios iniciais do ciclo. O milho de verão, avança com a colheita, mas com lavouras ainda em enchimento. Já a soja, uma das culturas mais afetadas pela estiagem, tem lavouras desde o desenvolvimento vegetativo até a maturação, com previsão de colheita para os próximos dias.


Dessas lavouras, destacamos os principais efeitos do excesso de calor para cada uma das culturas.



Os principais problemas relacionados às altas temperaturas no cultivo da soja incluem a diminuição da capacidade de retenção de vagens, danos à floração, a ocorrência do tombamento fisiológico ou cancro de calor, diminuição do desenvolvimento vegetativo e do desenvolvimento da cultura em regiões com temperaturas acima de 40°C. Além disso, altas temperaturas e alta umidade podem afetar negativamente a qualidade das sementes e predispô-las a danos mecânicos durante a colheita, enquanto temperaturas baixas na fase de maturação podem atrasar a data da colheita e provocar haste verde e retenção foliar.



As limitações causadas pelas altas temperaturas nas lavouras de milho são complexas e difíceis de serem detectadas, principalmente quando associadas ao déficit hídrico durante as secas com alta demanda evaporativa atmosférica. A deficiência hídrica no milho leva ao enrolamento foliar e fechamento estomático, reduzindo o fluxo transpiratório e modificando o balanço energético das folhas, o que pode causar acúmulo de calor e elevação da temperatura tecidual. Durante a floração, o déficit hídrico e as altas temperaturas diurnas afetam a polinização e a formação inicial dos grãos, resultando na diminuição do número de grãos por espiga. As noites quentes durante esta fase também podem reduzir o número de grãos, afetando a sobrevivência dos grãos e o desenvolvimento inicial. Altas temperaturas podem causar uma redução na assimilação líquida nas plantas devido ao aumento das perdas respiratórias.



Os principais problemas relacionados às altas temperaturas para o cultivo do feijoeiro incluem aumento da transpiração e déficit hídrico, efeitos prejudiciais ao florescimento e à frutificação, esterilização do grão de pólen e queda de flores, redução no número de vagens por planta e de grãos por vagem, além da ocorrência de diversas doenças em áreas com umidade relativa e temperatura do ar acima de 70% e 35°C, respectivamente. Para atingir seu rendimento potencial, é necessário que a temperatura do ar apresente valores mínimo, ótimo e máximo de 12ºC, 21ºC e 29ºC, respectivamente. Altas temperaturas noturnas também podem causar prejuízos ao rendimento do feijoeiro.



As temperaturas elevadas podem causar vários problemas no cultivo do arroz. A sensibilidade da cultura varia de acordo com a fase fenológica, mas em geral, a planta exige temperaturas relativamente elevadas para seu desenvolvimento. Altas temperaturas na fase reprodutiva podem causar esterilidade das espiguetas, reduzindo a produtividade de grãos. Além disso, a alta temperatura pode aumentar o centro branco nos grãos, reduzir a massa dos grãos, diminuir a taxa de translocação de matéria seca e o teor de amilose no grão. Altas temperaturas podem levar também à redução na quantidade de ferro disponível no solo, causando deficiência desse micronutriente na cultura do arroz de terras altas.




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