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Sem seguro, fazenda do Paraná interrompe ILP

Ao participar da inauguração da unidade da Cocamar em Pérola, município da região de Umuarama, no noroeste do Paraná, o diretor de Crédito e Assunto Econômicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz de Araújo, ouviu do presidente do Conselho de Administração da cooperativa, Luiz Lourenço, que a região apresenta grande potencial para o desenvolvimento do programa de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).


Pioneirismo - A Cocamar é uma das pioneiras, há mais de 25 anos, no incentivo a esse modelo produtivo, considerado inovador e sustentável.


Preocupação - No entanto, ao visitar, no início da tarde, a Fazenda Colaboradores do Brasil (Colab), em Altônia, naquela mesma região, que há cinco anos adotou o sistema de integração lavoura-pecuária, Wilson ficou preocupado.


Descontinuar - Acompanhado por representantes da Cocamar, entre os quais o gerente executivo financeiro Guilherme Valente, ele ouviu do presidente da Colab, Neemias Silveira Bezerra, que, diante da forte retração do seguro agrícola na safra 2022/23, o programa será descontinuado.


Risco - “Sem seguro e havendo um problema climático no verão, corremos o risco de perder 1 milhão de reais”, disse Neemias, um baque do qual a propriedade demoraria cinco anos, ao menos, para se recuperar. Ele estava ao lado do gerente operacional Wesley da Cruz Oliveira e do gerente financeiro Valdenir Alberto Seidel. A Colab possui outra fazenda em Xambrê, na vizinhança, dedicada exclusivamente à pecuária de corte.


Sinistralidade - A restrição ao seguro se deve à alta sinistralidade, principalmente nas duas últimas safras, o que afastou as seguradoras, sobretudo, das regiões de solos arenosos.


Devolução - Segundo Neemias, já foi feita a aplicação de calcário, mas, diante do cenário que se formou, a fazenda vai devolver os insumos adquiridos – sementes de soja, defensivos e fertilizantes.


Sem perspectivas - Impactado pela informação, Wilson entrou imediatamente em contato com o diretor de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola, o qual informou não haver perspectivas de que o problema seja contornado nos próximos meses.


Barreira - “A integração, apresentada na forma de agricultura de baixa emissão de carbono, é um programa de governo”, comentou Wilson, ao lamentar que a falta de seguro possa ser uma barreira para a adoção desse modelo produtivo por parte, especificamente, dos produtores do noroeste paranaense.


Uma saída - Segundo ele, a ILPF pode impulsionar a agropecuária da região, elevando seus níveis de produtividade, considerando que atualmente grande parte das terras são ocupadas por pastagens degradadas e de inexpressivo retorno econômico. (Imprensa Cocamar)



Para mais informações acesse: https://www.paranacooperativo.coop.br/

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